24.4.10

Rio das Mortes (1971), Rainer Werner Fassbinder

5 comments:

  1. O pretinho do Fassbinder.

    PETRA - Perguntei com quem foste dançar.
    KARIN - Com um homem!
    PETRA - Ah sim?
    KARIN - Sim.
    PETRA - Que homem?
    KARIN - Um preto muito grande, com uma grande picha preta.

    (diálogos retirados da peça)

    Mesmo que não presente em corpo, não deixa de lá estar.

    de Pu-te-do.

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  2. Essa cena já apareceu neste blogue, curiosamente. Após essa troca, a Petra pede-lhe para que lhe minta. É muito bom, esse filme, carambas.

    E é também curioso, porque a Karin, no filme, é o Günther Kaufmann, a Marlene o Peer Raben, e o Fassbinder a Petra. Já o li em vários sítios, e ouvi o Harry Baer dizê-lo numa entrevista. Parece ter sido mesmo uma grande fixação do Fassbinder. Por acaso é dos actores que mais gosto dele.

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  3. Exactamente, faz parte dessa cena. E depois disso, mesmo muito fragilisada, a Petra não deixa de arranjar capacidade para corrigir a linguagem da Karin. Mas talvez essa correcção seja mais uma sapatada do que um gosto pelo bom uso da palavra, agora que penso nisso. É uma obra que merece um aprofundamento da minha parte.(Não vi o filme, só li a peça; calculo que não difiram muito no como as coisas se dão.)

    Não conhecia essa associação entre os personagens e os amiguinhos do Fassbinder, mas é muito interessante.

    Pu-te-do

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  4. Sim, gosto muito das correcções gramaticais de Petra.
    Recomendo o filme (não li a peça), porque o trabalho de câmara é mesmo notável. Não o digo por dizer, mas porque é, nesse aspecto, um dos meus filmes preferidos, sem a mínima dúvida. Muito do que o filme diz, aliás, é através do visual, daí que será natural encontrares outros sentidos nas coisas, atentando nisso. Recomendo mesmo.

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  5. Não é necessária qualquer recomendação. O Fassbinder é um amor firmado e o desejo é gigante.

    Pu-te-do

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