31.1.10

Rashômon (1950), Akira Kurosawa
em 11:37 AM
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4 comments:

  1. Rita F.February 1, 2010 at 12:06 PM

    Vi ha pouco tempo, finalmente, e ja o tinha na lista de filmes "a ver" ha eternidades.
    Grande escolha! E a revelacao do filme, para mim, e, de facto, "a mulherzinha". Assim, apoio totalmente a escolha das imagens. :)

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  2. JBFebruary 1, 2010 at 6:31 PM

    Também apreciei imenso, embora ache que o filme tenha sofrido da minha instabilidade emocional no momento em que o vi. Estava meio doido, como tantas vezes acontece. Eheh
    Qual foi a revelação do filme? Para mim, a versão final não é efectivamente a versão verdadeira. Que achaste tu?
    Fico contente por passares aqui, sabes que sou teu fã.

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  3. Rita F.February 4, 2010 at 11:21 AM

    Ai, senhor do Tio Vânia, a pessoa até fica assim sem jeito... :)
    Eu falei da "mulherzinha" como revelação porque não estava à espera que, na última versão da história, ela tivesse um papel tão importante, manipulador e viperino. Na versão final, quem comanda é ela, embora desempenhando sempre o papel de submissa, de fraca, de desgraçada. É subreptícia, parece quase uma Lady Macbeth. Gostei muito.
    Em relação a qual das versões é a verdadeira, não sei realmente dizer... para mim, foi um bocadinho de todas. Outro aspecto de que gostei no filme foi o facto de todas as versões serem semelhantes e verosímeis, daí o espectador nunca poder ter a certeza de nada. Tem de acreditar numa e ignorar as outras, tipo acto de fé. Eu prefiro acreditar em todas e não acreditar em nenhuma.

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  4. JBFebruary 4, 2010 at 11:35 AM

    Ah, sim. De facto, foi uma mudança muito bem-vinda. Também a personagem do bandido muda muito de versão para versão. Reparaste como, na sua versão, ele é um grande maluco, muito activo, e nas dos demais ele é muito mais apagado? Isto leva-me a crer que cada uma das versões é mais wishful thinking que qualquer outra coisa, e que o que aqui importa é não o que terá acontecido, mas quão ténue é a ideia de verdade, e como cada um constrói as suas próprias, e avança na vida de acordo com essas verdades que construiu.
    O Kurosawa, no fundo, era um filósofo. Eh eh.
    Olha, recebi hoje em casa aquela caixa do Douglas Sirk de que te falei em tempos. Uma delícia. Vou ter um fim-de-semana extraordinário com ela.
    Continua a passar por aqui, porque é óptimo trocar-se umas palavras sobre os filmes que vão aparecendo.

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